domingo, 5 de abril de 2009

Lições em uma pequena carta

Dia 3 de Abril, março de 2009.

Tanto faz. Estou sem paciência. Porque as coisas não deveriam ser do jeito que são... Não mesmo.Eu comecei a parecer infantil, porque minhas razões não estão convencendo mais. Nem aos outros e muito menos á mim. Cansei de vez. Mas continuo escrevendo aqui, no papel.Estou derretendo pequenas verdades, mas nada impede as enormes mentiras de se espalharem pelo ar. Menti de verdade quando disse que fingi o tempo todo. Fui uma criança como disse que você era. Estava sendo bobo pois tudo deveria acabar naquele exato momento; não agüentava ouvir o que você tinha para falar. Porque da primeira vez eu fui totalmente verdadeiro, sem nenhuma mentira.Você me conheceu como ninguém nunca teve a chance. E quando as conseqüências vieram, quando vi que não era o suficiente sendo real, menti. Pois não agüentava sair daquela situação como o machucado, o fraco. Mas no fundo eu sou, já que as lembranças são piores que as próprias vivências. Cortam mais do que ouvir você rindo. Aquela voz que me alegrava... E, aceite isto, é realmente difícil admitir tudo que tenho que admitir.

Mentiras minhas, mentiras suas, não importam mais. Estou sendo verdadeiro quando digo que você mudou as coisas. E que você é a minha melhor amiga. Ainda. E eu sou só um grande grosso, um dos bem idiotas. Com medo de não bastar, como foi o que acabou acontecendo. Medo.As pessoas realmente não sabem lidar com a insuficiência, ela assusta. Como nunca deveria ter me assustado. Eu não sei lidar em situações confusas como esta, as palavras chegaram antes de meu raciocínio. E quando vi, já tinha adquirido teu ódio, tua raiva. E você continuava feliz; era o que parecia e era o que esperava ser verdade.

Importo-me. Mesmo soando hipócrita, mesmo parecendo mais uma das mentiras... Eu estou aqui. Pensando nas besteiras que cometi, mas que me fizeram sorrir por um longo tempo. Um mês? Acho que um pouco mais. Agradeço, e não peço desculpas. Não sou disso mesmo e se pedisse, seria mais uma mentira. Não obrigo ninguém a me aceitar, já que sou um doente, um monstro. Mas você pode esquecer das coisas ruins e lembrar das boas, porque não quero ser mais uma mancha na vida de alguém. Não contigo.Só saiba que eu tentei. Tentei e tentei. Só não funciono sendo real, e isto também não é culpa minha.

Parece tudo babaca, parece tudo bem bobo. Mas... As cicatrizes estão crescendo e algumas foram quase curadas. Agradeço novamente, por você.E aqui estou eu, falando o que eu acho que sinto. Já que palavras nada significam para mim, mas podem ter algum valor para os outros; para você. Adeus. Tchau.

Ass: Aquele com o sorriso bobo.

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